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Tuareg

  • Foto do escritor: Bê Sant'Anna
    Bê Sant'Anna
  • 7 de jan.
  • 1 min de leitura
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O deserto não mede esforços para ser ele mesmo. Seco, árido, arenoso, perene. O deserto brinca com as horas. Machuca o tempo, fá-lo dobrar. Nas dobras do tempo, a areia assa, faz dodói. É sua vingança por ser aprisionado nas ampulhetas dos homens.

Escorre deserto, sonha praia, securas. O bramido do urso perde a força ao subir e descer as dunas. Assim como suas pegadas, se apega e se apaga com o Vento. Os fractais areentos brilham quando vistos de perto. De longe, miragens. As garras do urso não fazem frente ao deserto. A areia escorre entre seus dedos, seja um carinho, seja uma patada. O urso não consegue morder o deserto. Nem amá-lo. 

O deserto é lindo na foto, tem nuances, contrastes. O urso é fofo na foto, sua pelagem macia e fofinha. O deserto parece não acolher o urso. Por mais que tente, o urso não consegue mergulhar no deserto. Parece que o deserto ama o sol que reflete. Sem o sol, o deserto é gelado.

Somente a chuva consegue unir o urso ao deserto. Semente quando estão os dois molhados, tentando se secar.

O vidro da ampulheta é feito de areia. A fofura do urso é mortal ou mortífera?

 
 
 

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